Pediatria – como cheguei até aqui?

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Decidi ser médica aos 12 anos de idade, nessa idade já queria cuidar dos machucados dos amigos, irmãos, tinha interesse em amenizar a dor e cuidar das pessoas que me cercavam. A vontade de fazer medicina persistiu, e em 1995 iniciei a faculdade de medicina na UNICAMP.

 

O início na medicina

Os primeiros anos de faculdade eram de matérias básicas, e você ainda não é apresentado à parte clínica, à prática médica real. Durante os quatro primeiros anos, pensei em diversas outras especialidades, como psiquiatria, hematologia, gastroenterologia (que acabou sendo minha área de atuação), até que no quinto ano da faculdade, iniciei como interna no estágio da pediatria.

 

Desde os primeiros dias, não tive mais dúvidas: era aquilo que eu queria fazer por toda a minha vida.

 

O que me fez chegar na pediatria?

A primeira coisa que me moveu em direção à pediatria foi a capacidade de cura das crianças. Quando uma criança está doente, ela fica triste no momento da dor, mas quando cuidamos dela, já começa a brincar, sorrir, e eu acredito que isso contribui muito para a melhora da doença. A criança nos ensina a viver, a sorrir, a brincar e a dar risada mesmo nos momentos mais difíceis e dolorosos.

 

Nos primeiros anos de formada, tinha muito conhecimento técnico. Acreditava que para tratar uma criança bastava estudar e aplicar o estudado na prática. Com o passar dos anos, das famílias e das crianças, aprendi que a técnica é importante sim, a pesquisa é essencial, mas que a escuta, o olhar atento, o aprendizado com a experiência das mães era o que fazia a maior diferença na minha formação.

 

A maternidade e a pediatria

Aos 31 anos, fui mãe pela primeira vez, da Ana Luísa. Nesse momento comecei a entender muito melhor cada dúvida, cada medo, cada alegria e cada esperança das mães das crianças que atendia. Aos 34, com o nascimento da Helena, e aos 39, com o Miguel chegando em minha vida, minhas vivências foram aumentando, assim como meus anos de pediatria.

 

A maternidade me transformou como pediatra, e me sinto muito mais próxima das mães depois dela.

 

Meu tempo na pediatria e o futuro

Sou pediatra há 20 anos, e tenho certeza que não seguiria por outro caminho. Tratar crianças, acompanhar as mães e pais no exercício do cuidar, ver a recuperação dos pequenos pacientes é algo que me traz muita realização e que me faz feliz.

 

Dra. Mariana Nogueira de Paula, mãe da Ana Luísa, Helena e do Miguel.

Pediatra, Gastropediatra e Hepatologista Infantil
Santo André e Grande ABC

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